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Nome do cantor Leonardo foi incluído na 'lista suja' do trabalho escravo divulgada

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 O nome do cantor Leonardo foi incluído na "lista suja" do trabalho escravo divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da Secretaria de Inspeção do Trabalho, nesta segunda-feira, 7. O documento torna públicos os dados de empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravidão. Em novembro do ano passado, seis pessoas foram encontradas em "condições degradantes", em situação que configura, de acordo com o ministério, a "escravidão contemporânea", na Fazenda Talismã, em Jussara (GO), interior de Goiás. O local, que costuma ser uma espécie de refúgio para a família do cantor, foi palco de uma tragédia e investigação policial.
Em fevereiro de 2021, Newton Rodrigues Silva Passini, mais conhecido como Passim, que era assessor e amigo de infância do cantor sertanejo Leonardo, foi encontrado morto na propriedade de Leonardo. Ele foi atingido por disparos acidentais de arma de fogo enquanto estava na fazenda do artista. O homem foi achado na banheira de um dos quartos da propriedade por volta de 12h30, segundo a Polícia Civil, ele estava morto a cerca de 10h.
Na época, Leonardo fez homenagens ao amigo nas redes sociais, lembrando de momentos alegres e descontraídos entre os dois. O sertanejo afirmou que nunca imaginou se despedir do amigo de forma tão abrupta. A mulher dele, Poliana Rocha, também lamentou a morte de Passim: "Estou aqui controlando as minhas emoções porque eu preciso estar bem fortalecida para apoiar meu marido numa hora dessas. Ele vai precisar muito. Todos nós, mas com ele a convivência era muito maior, então, acho que ele vai sentir muito", escreveu Poliana na ocasião.
Além da trágica morte do amigo, a fazenda também virou assunto nas páginas policiais quando um avião pousou com 400 kg de pasta-base de cocaína na propriedade no ano passado. O avião veio da Bolívia até Goiás e pousou sem autorização dentro da fazenda Talismã. O piloto disse aos funcionários que precisava abastecer, mas eles não acreditaram e acionaram a polícia ao verem drogas sendo transferidas para uma caminhonete.
A PM e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciaram buscas pelo veículo, que foi localizado na BR-070, entre as cidades de Jussara e Montes Claros de Goiás. Cerca de 11 homens armados participaram da ação. Durante um confronto, segundo a polícia, duas pessoas foram baleadas e socorridas, mas não resistiram aos ferimentos e morreram.

Trabalho análogo à escravidão


A responsabilização de Leonardo acontece após uma fiscalização realizada por técnicos do MTE. Na propriedade avaliada em R$ 60 milhões, mantida e gerida pelo artista, seis pessoas, incluindo um adolescente de 17 anos, em situação análogas à de escravidão.
O relatório mostra que os seis funcionários pernoitavam numa casa abandonada, sem água potável e sem banheiro adequado. As camas eram improvisadas com tábuas de madeira (foto abaixo) e galões de agrotóxicos. O arquivo do MTE também expõe que o lugar estava tomado por insetos e morcegos, além de exalar um "odor forte e fétido".

O que diz a defesa de Leonardo

A assessoria de imprensa de Leonardo esclareceu que o caso aconteceu numa área arrendada da propriedade — e que a responsabilização do fato foi direcionada, à época, aos arrendatários. "Essas terras estavam arrendadas para um produtor de soja. Tudo foi julgado. Leonardo, inclusive, pagou uma multa", contou, ao GLOBO, um dos representantes do artista. Segundo ele, os trabalhadores foram indenizados.
O artista deve entrar com uma ação para esclarecer o motivo de seu nome ter sido incluído na lista suja do trabalho escravo. "Ele não faria nada errado. Leonardo não foge da Justiça. Parece que houve um lapso na memória dos advogados", ressaltou uma pessoa da equipe do

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