A Record foi condenada a pagar uma indenização de R$ 200 mil por dano moral a dois adolescentes que tiveram seus rostos exibidos em uma reportagem do Cidade Alerta. A coluna teve acesso à ação.
O conteúdo em questão tratava de denúncias de maus-tratos contra um idoso que estaria sendo mantido em cárcere privado pela mulher, mãe dos garotos. Segundo a Justiça, ao exibir o material, o programa mostrou o rosto dos adolescentes sem desfocar adequadamente a imagem, o que é contra o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
A reportagem foi ao ar em outubro de 2016, quando a atração ainda era comandada por Marcelo Rezende (1951-2017). A emissora já entrou com recurso para tentar se eximir do pagamento. Procurada para comentar, a Record disse que não comenta casos judiciais.
Em sua decisão, o juiz Luiz Gustavo Esteves, da 11ª Vara Cível de São Paulo, afirmou que houve violação do direito fundamental dos menores. "[Foi] uma nítida exposição vexatória de pessoas em formação", avaliou.
À Justiça, os jovens afirmaram que passaram a ser alvo de chacotas e perseguições na escola após a exibição da reportagem e que não conseguiram mais ter paz para seguir a vida. Além disso, os dois foram inocentados de qualquer acusação, o que lhes deu uma sensação maior de injusta, segundo contaram.
A Record disse que usou efeito "blur" para desfocar a imagem dos adolescentes e que não divulgou seus nomes. "A emissora não praticou qualquer ato ilícito ou abusivo", afirmou a defesa.
Mesmo assim, a Justiça decidiu condenar a emissora. Ainda não há previsão de quando o recurso da Record será julgado.
O conteúdo em questão tratava de denúncias de maus-tratos contra um idoso que estaria sendo mantido em cárcere privado pela mulher, mãe dos garotos. Segundo a Justiça, ao exibir o material, o programa mostrou o rosto dos adolescentes sem desfocar adequadamente a imagem, o que é contra o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Em sua decisão, o juiz Luiz Gustavo Esteves, da 11ª Vara Cível de São Paulo, afirmou que houve violação do direito fundamental dos menores. "[Foi] uma nítida exposição vexatória de pessoas em formação", avaliou.
À Justiça, os jovens afirmaram que passaram a ser alvo de chacotas e perseguições na escola após a exibição da reportagem e que não conseguiram mais ter paz para seguir a vida. Além disso, os dois foram inocentados de qualquer acusação, o que lhes deu uma sensação maior de injusta, segundo contaram.
A Record disse que usou efeito "blur" para desfocar a imagem dos adolescentes e que não divulgou seus nomes. "A emissora não praticou qualquer ato ilícito ou abusivo", afirmou a defesa.
Mesmo assim, a Justiça decidiu condenar a emissora. Ainda não há previsão de quando o recurso da Record será julgado.
Fonte https://f5.folha.uol.com.br/colunistas/outro-canal/2024/10/record-e-condenada-a-pagar-r-200-mil-por-expor-rosto-de-adolescentes-no-cidade-alerta.shtml
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